quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Contradição Canina

Num dia desses, em que até respirar parece cansar, o ordenador temporal quase marcava cinco da tarde quando ao reler os louquejares deste espaço de vouyerismo pós-moderno percebi uma contradição latente. E, pior, uma contradição canina! Na verdade, para o meu alter ego tal situação não se constitui numa contradição em si. É que, para ele, os personagens podem ter comportamentos diferentes e contraditórios. Até mesmo os cães.

Pois seja: há vários posts que relatam a felicidade como uma característica quase inacta dos cachorros. Meu alter ego inclusive recomenda que vossa mercê, inestimável leitor, torne-se um cachorro para atingir o ideal de felicidade, que tanto o tipo homem almeja. Em outros, que se utilizam das idéias contidas em Da Musicalidade do Leão, no qual a figura utilizada do cão é a mesma da Revolução dos Bichos, onde o cão corresponde ao típico homem de negócios, megalomaníaco e ávido por lucro acima de tudo. Tal imagem, suponho, arruína e envergonha a própria imagem canina que os cachorros inactamente possuem. De qualquer forma, como supor que um tipo dócil, submisso e bestial transforme-se num animal agressivo e selvagem? O que ocorre, pois, com o tipo cão para transformar-se de tal forma?

Na verdade, tal situação ocorre, louquejo eu, porque ao domesticar o tipo canino, e em muitos casos transformá-lo num cão de guarda, instintivamente o cão revolta-se e passa a agir conforme o que lhe exibido pelo seu dono. O que significa agir de acordo com o que lhe é apresentado pelo cruel tipo homem. Nesse sentido, os cães carecem de personalidade, ao contrário dos gatos. Sim, os felinos... Esses merecem um devanear próprio, pois representam a verdadeira inteligência, perspicácia e modo de viver ímpar! Um tipo aristocrático por definição! Ao contrário do cachorro, que apesar de conhecer tão bem a felicidade, eventualmente sai de si e torna-se aquilo que parte dos homens se tornam e passam a possuir de pior: um ser risível, débil e imerso ao extremo em seus pseudo-valores sobre a vida.

Namaste!

Nenhum comentário: