sábado, 2 de agosto de 2008

O Político, O Eleitor e a Democracia

Estava eu admirando a composição caótica de nuvens que se formam com alguma freqüência nos céus do Impávido Colosso quando, ao perceber que dois cidadãos conversavam animadamente a respeito de política e o sistema democrático, um louquejar me ocorreu. Considerando que os políticos são, em geral, vistos com desconfiança e são rotulados de incompetentes e corruptos, alguma coisa deve mudar no sistema atual para evitar, ou ao menor diminuir, a incidência desses elementos que assombram o tipo ordinário impávido-colossensse.

Pois bem: louquejei que no decadente sistema democrático é o povo que, teoricamente, elege seus representantes, que por sua vez também são o povo, porém corrupto! Afinal, as pessoas da patuléia não são corruptas ou incompetentes, apenas a classe política. Então por que não responsabilizar o povo pela escolha de seus representantes? Nada mais justo, nada mais recto...

Tal sistema poderia funcionar mais ou menos assim: ao término de cada mandato, através de diversos critérios, o político seria avaliado em relação ao seu trabalho. Um bom critério é: quantas promessas de campanha foram cumpridas? Caso atingisse um conceito A seria reeleito automaticamente, sem precisar concorrer novamente. Isso evitaria que ele perdesse tempo e dinheiro tentando buscar votos. Por sua vez, o eleitor que tivesse votado em tal político ganharia o direito de seu voto ter peso dois nas próximas eleições (isto é, seu voto valeria por dois).

Já se o político tivesse um desempenho ruim, com uma avaliação geral abaixo de 50%, o mesmo sofreria um impeachment espontâneo - ficaria inelegível por 4 anos, até as próximas eleições. Da mesma forma, o eleitor que nele tenha votado também não poderia exercer o seu direito democrático e ainda seria punido tendo de ser mesário nas eleições vindouras.

Aos eleitores que consecutivamente tenham votado em políticos cuja avaliação tenha sido ruim por 3 vezes seguidas ficariam impossibilitados de votar permanentemente e nos dias de eleição deveriam desfilar por pelo menos 2 horas pelas ruas de seu distrito eleitoral com fraldas como forma de alegrar aos demais cidadãos e refletir sobre a cagada que fizeram. Da mesma forma, políticos com desempenho ruim por várias vezes ficariam inelegíveis ad eternum.

Não é um louquejar revolucionário? Com este modelo, até o meu alter ego conseguiria aceitar a tal democracia, visto que estaria encaminhando-se para um ideal mais próximo à verdadeira democracia, além de tornar mais divertida a vida dos impávido-colossensses.

Namaste!

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