
Vou relatar algumas situações que meu ego vivencia constantemente no trato com diversas companhias (que hoje, em verdade, são entidades abstratas formadas por cães e ovelhas e, eventualmente, porcos) para justificar os argumentos do meu alter ego. Nesse sentido, tenho de reconhecer que ele, e seus devaneios constantes, ajudam-me a suportar com certo bom humor as situações absurdas do dia a dia.
Vejamos: escrevo por e-mail para uma das grandes sanguessugas (ou sanguesunga, segundo o molusco presidencial) da telefonia Impávido Colossensse, que pelas tarifas adoptadas, enriquece a cada chamada efetuada pornograficamente os seus acionistas-cães. Minha dúvida é simples: como altero minha senha de acesso ao sítio da empresa? Mais simples que isso só mijar para frente. Pois seja, a resposta que obtive: "vá ao sítio e utilize a opção lembrar senha, que mostrará a dica de senha que você criou. Caso você ainda assim não se lembre de sua senha, nós lhe enviaremos metade (sic) de uma nova senha para o seu e-mail". Minha pergunta foi respondida? Não. Pior: quem respondeu sequer se deu ao trabalho de ler o questionamento por mim realizado. Se leu, não entendeu: o que equivale a não ler...
Em outra situação inusitada, uma instituição bancária que oferece serviços pela Grande Rede, especialmente de consulta de contratos de financiamentos, mostrou-se ímpar na arte da ignorância internética. Pois seja: além de restringir o horário de funcionamento dos serviços (como se a internet fechasse as portas as 20hrs e só abrisse novamente as 8h do dia seguinte!!!), todas as informações enviadas utilizam um canal não-seguro de comunicação de dados (protocolo http), quando se esperaria que houvesse um formulário seguro (https) para o acesso a estas informações. Pensei comigo mesmo: vou escrever e sugerir uma melhoria de segurança, isto é, aflorou em mim o espírito altruísta e fiz uma consultoria gratuita à empresa. O formulário de contato, como era de se esperar, também era inseguro. E pior: exigia vários dados cadastrais para o contato! Pois seja, falseei todos eles e simplesmente enviei a minha mensagem como sugestão. Resposta: não localizamos os dados de seu contrato, confirme-os para que possamos atendê-lo. Mas se eu os confirmar, estarei incorrendo em expor dados pessoais por um meio não-seguro!! O que fazer? Tentei novamente e a resposta foi a mesma, tal qual um macaco a repetir a mesma tarefa numa linha de montagem ao melhor estilo de Ford.
Em outro caso, a fabricante de um aparelho de som automotivo responde a um questionamento realizado através de e-mail com a seguinte resposta: nós temos técnicos especializados prontos a atendê-lo pelo número de telefone tal. Tudo bem, mas então por que oferecer um serviço de comunicação por e-mail que não funciona, apenas pelo bom e velho telefono? Questionei novamente a empresa, pois se eu fosse surdo-mudo, como obteria suporte? Naturalmente, uma empresa que vende dispositivos de áudio não se preocupa muito com a inclusão social de tipos que não escutam ou falam, imaginei eu para justificar tal ato. Porém, uma resposta ao meu novo questionamento, não ocorreu.

Namaste!